A Mulher em 2017
Posso enumerar adjetivos e cenários de humilhação, violência, tortura e
privação em que vivem Mulheres de todas as idades, classes sociais, por todo o
nosso globo, que se repetem ano após ano apesar dos discursos generalizados do
Dia Internacional da Mulher.
Posso também falar do exemplo de Mulheres que entre familiares, amigas, Mulheres
com e sem nome, continuam encontrando mil e uma formas de vencer cada dia com
um sorriso, disfarçando o seu suor e esquecendo a sua dor.
Posso afirmar, que existem Avós, Mães e Filhas que são corajosas, que
ajudam com bravura e de variadas formas a tornar este lugar mais humano, mais
harmonioso e tolerável.
Mas o que não entendo é que existam Mulheres que usem o discurso da
segregação, da força e das armas.
Como existem Mulheres que massacram seus filhos, que incitam ao ódio,
que despedem e ofendem?
Como existem Mulheres que aprovam a guerra, subjugam outros territórios
e apoiam a destruição?
Onde está a diferença
afinal?
O justo e o injusto
não são um combate de géneros. Mulheres e Homens podem se unir contra a ignorância.
Talvez assim se consiga reverter esta escalada de intolerância e se caminhe
para um futuro mais humilde e digno.