segunda-feira, 20 de janeiro de 2014


Pássaro Azul


Que nem ave migratória, percorres longas distâncias
com as tuas asas abertas num voo suave.

Dentro de ti transportas vidas, carregas objetos que
têm histórias e levas sonhos de pouso em pouso.

Hoje, fugindo à regra, sentei-me na janela, sobre a tua
asa e serenamente sinto o teu balancear  e não estou
alheio ao teu esforço.

Os meus olhos perdem-se no infinito, sinto-me poderoso
sobre a imensidão de bolas de algodão suspensas sobre
cabos invisíveis.

A música é deliciosamente calma, eu seria capaz de
continuar contigo este voo, mas tenho de sair, seguir
o meu caminho em terra.

Tenho a esperança de te encontrar no teu regresso.

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