O poeta contemporâneo
vive no mundo real, o que não implica que viva essa realidade.
A sua imaginação segue
os desvios da abstração, segue a negação dos indecisos, segue a compaixão dos inseguros
e a sinceridade dos atormentados.
O poeta é liberdade, é
um grito que clama justiça, é o desespero de quem vê o sofrimento para além da
racionalidade.
O poeta não é perfeito,
não sente mais, mas os seus olhos estão despertos, os seus ouvidos escutam a
dor indecifrável do sofrimento, pois ele mesmo a sente dentro dele.
O poeta entende a voz
dos insubmissos e é a voz dos revoltados.
O poeta vive a loucura
de quem não cala o que sente.
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