sábado, 17 de maio de 2014


Mar


 
E o mar, tão distante de mim,

E a saudade de olhar simplesmente para o horizonte,

E a falta do balancear das ondas,

E a agitação da praia, e o silêncio ao final do dia, e o mergulho nocturno.

Eu não sou um peixe de água doce, preciso do sal, preciso da força e energia dessa massa de água infinita.

Nunca estive tão longe do mar, nunca estive tanto tempo sem o ver e esta dimensão espaço-temporal é uma realidade que não esqueço e que tento vencer.

Abro a janela e escuto o movimento cadenciado dos carros na avenida, ora para uma lado, ora para o outro, e deixo a minha memória fingir que se trata da melodia continua das ondas do mar.

Quero voltar a sentir a frescura da espuma,

Quero voltar a ver os meus pés desaparecerem sob a areia, à beirinha do mar,

Quero voltar a olhar para as lindas sereias desfilando na praia,

Quero voltar a comer o gelado que se derrete nas mãos,

Quero voltar a suspirar de felicidade.
 
 

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