Mar
E o mar, tão distante
de mim,
E a saudade de olhar
simplesmente para o horizonte,
E a falta do balancear das ondas,
E a agitação da praia,
e o silêncio ao final do dia, e o mergulho nocturno.
Eu não sou um peixe de
água doce, preciso do sal, preciso da força e energia dessa massa de água
infinita.
Nunca estive tão longe
do mar, nunca estive tanto tempo sem o ver e esta dimensão espaço-temporal é
uma realidade que não esqueço e que tento vencer.
Abro a janela e escuto
o movimento cadenciado dos carros na avenida, ora para uma lado, ora para o
outro, e deixo a minha memória fingir que se trata da melodia continua das
ondas do mar.
Quero voltar a sentir
a frescura da espuma,
Quero voltar a ver os
meus pés desaparecerem sob a areia, à beirinha do mar,
Quero voltar a olhar
para as lindas sereias desfilando na praia,
Quero voltar a comer o gelado que se derrete nas mãos,
Quero voltar a
suspirar de felicidade.
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