Os dias passam, uns
seguindo os outros e a minha vida permanece igual, nada muda aparentemente, mas
dentro de mim sinto esse reboliço de emoções que me acompanha ao longo do
tempo, sinto tristeza, sinto alegria, sinto a alternância, mas não deixo de
sentir.
Desejo falar, mas nem
sempre alguém me escuta e nem sempre alguém me entende.
Assim isolo-me no meu
dialogo interior, procurando formular as questões e encontrar as respostas.
Sinto-me exausto, desejo repouso, desejo que se estanque esta insatisfação
constante com a vida.
Não me conformo, luto,
procuro sonhar, fugir da minha vida, sentir-me vivo para além de mim. Não é
fácil, quando encontramos nesse espaço que não nos pertence e em que não vivemos,
o gosto de permanecer.
Quero poder voar,
transportar-me para longe do que sou, viver dos sonhos e acreditar que tudo é
real. Pois o real não se aproxima do que gostaria de poder viver. Os passos pesam
cada vez que caminho no sentido contrário ao rumo que desejo seguir.
Custa-me esta solidão,
custa-me este silêncio e principalmente esta distância para a felicidade que conheço
e quero viver.
Conquistar a
felicidade exige esforço e eu dou valor ao tempo, mas também sei que tempo o
tempo transforma, por isso a vida é incerta como a minha existência e isso a
torna inigualavelmente única.
Nenhum comentário:
Postar um comentário