Penso neste emaranhado
do amor, paixões e desilusões.
Adivinho que por mim
se cruzam pessoas que são amadas por quem não querem amar, imagino que diante
de mim estão pessoas que amam quem não as quer amar
Este é o constante
desencontro dos sentimentos, o desassossego dos românticos.
O sofrimento de quem
nunca abriu o coração e a devoção dos que todos os dias tentam conquistar uma
emoção, um sorriso.
E o racional não
domina, felizmente, pois mataria logo a esperança. A esperança é a âncora dos
que sonham e sentem.
Não sei se a paixão é
eterna, mas sei que existe e emana o perfume da primavera.
O amor eterno é
mutável, transforma-se para resistir, que perfeição.
Perfeita também é a
pluralidade de personalidades e a diversidade de emoções.
Quem viverá uma vida
mais rica, aquele que nunca amou e foi amado, ou o que amou ardentemente sem
ser amado?
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