Tenebrosa solidão
E este abraço que
esconde solidão
E esta gargalhada que
esconde tristeza
E esta vida que
esconde a morte
Nesta aparente
felicidade, cresce a angustia de algo que desconheço, de um tormento que
está para chegar, do dia em que o desespero quebrar esta frágil e ténue
segurança em que transporto a minha existência.
Vivo nesta
desconfortável confiança em mim mesmo, irreal como os meus sonhos.
Este sentimento
irrompe dentro de mim, não o domino nem o entendo. Desejo que me trespasse, mas
que me abandone. Deito-me nesta cama
só, sufoco na almofada a dor e o grito que traz este pedido de socorro e que só
eu ouço dentro de mim.
Resisto a sofrer,
porém estou cansado. Não entendo a minha vida, não sei para onde caminho. Para que
acordo afinal?
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