quinta-feira, 29 de maio de 2014


Tenebrosa solidão


 E este sorriso que esconde dor

E este abraço que esconde solidão

E esta gargalhada que esconde tristeza

E esta vida que esconde a morte

Nesta aparente felicidade, cresce a angustia de algo que desconheço, de um tormento que está para chegar, do dia em que o desespero quebrar esta frágil e ténue segurança em que transporto a minha existência.

Vivo nesta desconfortável confiança em mim mesmo, irreal como os meus sonhos.

Este sentimento irrompe dentro de mim, não o domino nem o entendo. Desejo que me trespasse, mas que me abandone. Deito-me nesta cama só, sufoco na almofada a dor e o grito que traz este pedido de socorro e que só eu ouço dentro de mim.

Resisto a sofrer, porém estou cansado. Não entendo a minha vida, não sei para onde caminho. Para que acordo afinal?
 
 

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