terça-feira, 10 de junho de 2014


Se dos sentidos, um tivesse que perder, desejaria que fosse o sentido da vida, pois não poderia passar um minuto sem observar. A minha escrita é a tradução do que vejo.
Se mesmo assim me tirassem outro, escolheria certamente o sentido contrário, pois como escutaria então o silêncio?
Preferia ter que proferir palavras sem sentido do que perder o prazer de cheirar a vida.
Não teria também qualquer sentido, não tocar na pele macia dessa mulher deitada ao meu lado.
E o paladar, eu preciso para provar o vinho com que perco os sentidos.
 

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