Desejo desejar e ser desejado
num universo de desejos infinitos,
em que me perco na vastidão da minha ilusão,
onde a vontade é o meu limite.
E o tempo será essa miragem,
relógios parados,
dimensão que se mede por impulsos
e não em segundos.
Caminho sem gravidade,
não tenho peso próprio,
libertei a âncora que me
mantinha na outra dimensão.
Aqui, transito pela liberdade
respiro perfumes hipnóticos,
alimento-me de frutos que nunca comi
sorvo todos os momentos da vida.
Não sei se é felicidade,
nem importa, pois procuro sentir
a magia irreal do sonho,
doce, esta alucinação.
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