quarta-feira, 10 de setembro de 2014


O Homem Máquina


 

O meu corpo já não termina nos meus dedos,

Pois eu nada sou sem o carro com que me desloco,

Sem o telefone com que comunico ilimitadamente.

 

Já não sei viver sem toda a parafernália eletrônica

Que acompanha a minha existência e que

Quando param, eu desespero.

 

Carrego-me de combustível e de energia,

Pois o meu corpo exige novos alimentos,

Transformo-me mas ainda distante do óptimo.

 

Sonho poder mutar o meu corpo,

Instalar sem pudor as máquinas que carrego

E me atrapalham hoje os movimentos.

 

Um dia vou ter chips e telefones embutidos no corpo,

Conexões, wi-fi e baterias eternas,

Vou poder voar em vez de andar.

 

E não me falem dos contras!

Eles acompanham a evolução,

Os desafios são eternos.

 

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