Boa tarde,
A ausência não significa silêncio! Percorro os dias e o tempo com este corpo que não me abandona, vivo com ele experiências fabulosas.
Terminei recentemente o meu primeiro projeto literário, impulsionado pelo desejo ardente de iniciar um novo. Esta energia contagia a minha visão da vida, a minha forma de agir e me relacionar.
Quero agora contar-vos umas histórias, que irei publicar neste espaço, para depois compilar num livro. A ideia começou deste modo...
Os Inadaptados
A sociedade define padrões, a religião postula costumes e a humanidade
conduz a valores, mas ainda assim existimos e vivemos, sentindo-nos
desenquadrados dos parâmetros definidos para a generalidade dos homens,
mulheres, crianças e velhos.
As nossas diferenças enfraquecem-nos perante a força da intolerância e
ignorância. A nossa fraqueza não é tolerada neste mundo em que a afirmação se
faz com brutalidade e agressividade.
Os inadaptados não resistem contra a mudança nem perante a opressão,
apenas são eles mesmos, não têm força ou vontade de lutar, querem simplesmente
existir nos seus mundos, que partilham com pessoas que não julgam, não condenam
e aceitam que toda a gente tem direito à diferença.
Os inadaptados, sou eu, és tu, somos todos nós que nos revemos nas nossas
singularidades, nos nossos comportamentos, na nossa tristeza, nesta solidão que
acompanha a certeza de uma vida especial.